Comiseração é ter-se a inteligência suficiente para perceber que há pessoas que projectam nos outros a [triste e distorcida] percepção que têm do mundo, é intuir-se que há gente que não dá para mais em termos de educação e respeito e alcançar-se a maturidade bastante para olhar e sorrir. Sem julgamentos de maior. Porque, convenhamos, há malta muito doente por aí. Não de cabeça, mas da alma. Só assim se entende. Claro que a alternativa é sempre o ignóbil e sórdido argumento do“mal fodidas”. Mas não. Não há mulheres mal fodidas. Só mal amadas, mal tratadas [pela vida, pelos outros]. E isso, sim. Isso merece compaixão.
[dito, ou melhor, escrito pela Maria. E subscrito por mim, na íntegra.]
2 comentários:
Entendo, mas queria acrescentar algo.
Nestas situações falta o diálogo... nas situações em que o diálogo possa existir!
Pois falta. O diálogo é fundamental e, sempre que ele possa existir, é a forma mais correcta de entendermos os outros. Sem julgamentos, claro!
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