quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Balada de Sempre.


Espero a tua vinda
a tua vinda,
em dia de lua cheia.



Debruço-me sobre a noite
a ver a lua a crescer, a crescer...



Espero o momento da chegada
com os cansaços e os ardores de todas as chegadas...



Rasgarás nuvens de ruas densas,
Alagarás vielas de bêbados transformadores.
Saltarás ribeiros, mares, relevos...
- A tua alma não morre
aos medos e às sombras!-



Mas...,
Enquanto deixo a janela aberta
para entrares,
o mar,
aí além,
sempre duvidoso,
desenha interrogações na areia molhada...


Fernando Namora

Sem comentários: