Porque hoje é o Dia Mundial do Cinema, aqui está o argumento perfeito para (re)lembrar o filme que marcou a minha Vida - As Pontes de Madison County ou, na versão original, The Bridges of Madison County.
O filme, baseado no romance homónimo de Robert James Waller adaptado ao cinema pelo extraordinário Clint Eastwood, conta-nos uma história de amor poderosa e tão assombrosa que nos afecta de tal modo que, ainda que não percebamos, nos deixa em suspense até o final.
Robert L. Kincaid (Clint Eastwood), fotógrafo contratado pela Revista National Geographic, aparece à porta de Francesca Johnson (Merryl Streep) numa tarde indolente de Agosto de 1965. Ele é um vagabundo, um viajante sem amarras nem raízes; já ela é a típica mulher de um fazendeiro de uma comunidade rural tradicional no Iowa, que vive exclusivamente os seus papeis de mulher, mãe e dona de casa.
Os dois personagens ficam inexplicavelmente atraídos um pelo outro, partilhando o amor pela beleza e pela aventura – as experiências dele são reais, enquanto que as dela existiram, até então, apenas nos seus sonhos. A atracção é intelectual, emocional e física, transcendendo todas as barreiras da moralidade e das convenções sociais. Por isso, enquanto o marido e os filhos estão fora por alguns dias (numa feira agrícola, creio), Francesca ajuda Kincaid a fotografar as pontes cobertas, que constituem a grande atracção turística da zona, especialmente a Ponte Roseman. E é então que ela descobre facetas da personalidade dele, estranhamente disfarçadas por uma capa de desprezo, que nunca viu noutra pessoa.
Foram suficientes quatro dias para que ficassem ligados um ao outro pelo resto da vida, ainda que não mais tivessem voltado a encontrar-se.
O Entertainment Weekly relatou o seguinte, a respeito do filme: «Streep e Eastwood, tanto em imagem como em espírito, estão tão perfeitos que parecem sair das páginas do livro». Igualmente perfeitos são os pequenos detalhes e as grandes emoções do grande amor de uma vida. Com sorte, mais cedo ou mais tarde, um amor destes acontece na vida de cada um. Para Robert e Francesca foi, eventualmente, tarde. Mas foi, sem sombra de dúvida, glorioso.
Eu já li o livro e vi o filme. Para mim, foi extraordinariamente revelador.
Deixo abaixo um pequenino excerto, para aguçar a curiosidade.