As tardes de chuva geram sempre em mim sentimentos contraditórios. Se, por um lado, o cinzento do céu me entristece, tenho especial gosto em, podendo, enfiar um impermeável, calçar umas botas resistentes, por na cabeça um chapéu e sair pela rua, gozando a tranquilidade que o som da chuva a cair na calçada me proporciona.
Deixar que a água me molhe as mãos, os pés, o rosto. Permitir que a chuva me lave a cara, o cabelo e a alma. E regressar a casa encharcada, a pingar, mas limpa, despoluída, renovada.
Com o corpo ensopado e o espírito leve.
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